- Descrição
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A biologia das Esferas A matéria rústica, membrana em tensão permanente, positivo‑negativo, gravidade e impulso elétrico. Num espaço restrito, concentrado, essas forças buscam a expansão. Atraídos todos para um mesmo centro, tais energias centrífugas aparecem sobre o movimento concêntrico. Big Bang foi o nome que a nossa compreensão pôde abarcar. Evento cuja magnitude ainda testemunhamos: nosso universo expande para num futuro incalculável retrair‑se, respiração de Deus.
Somos marcados, todos, para essa dualidade primordial: expansão – contração, atração – repulsão, imagem – reflexo, difusão – concentração, alto – baixo, gordo – magro… complementaridade é a palavra que aspira ao equilíbrio. Nada existe sem tudo, nenhuma panela sem sua tampa limitante e constrangedora. O YIN não existe sem o YANG. E a mente humana cresce, expande nesse conflito.
Na China, 5.000 anos atrás, os homens viam em seus corpos e organismos, pequenos universos que imitavam o cosmos. Ossos de peixes, lascas de pedras desajeitadas, querendo tomar forma de agulhas, buscavam ansiosas recobrar o equilíbrio para seus desconfortos cotidianos, pois supunham esses ancestrais que para recompor as esferas minúsculas de suas células, pontas, lanças, permitam a restauração. Nessa noção primordial das oposições, esses homens cogitaram (“cogito ergo sun”) seu imperativo vital: cesto e vara. A esfericidade dos órgãos só viria a ser reconhecida pós muitos e muitos séculos que nos separam desses eventos que o tempo testemunha. Hoje, quando os homens recortam-se entre si, quando a medicina se mercantiliza, devemos resgatar princípios que nos humanizem e nos aproximem de uma espécie de dignidade que deve ter sido, afinal, o propósito de Deus. Prof. Eduardo Antônio Bonzatto
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