O livro “Biossegurança e Fonoaudiologia”, organizado por Stella Bacha, Vanessa Gíglio, Cybele Ríspoli e Maria Lúcia Brasil reúne o conteúdo do seminário, organizado pela coordenação do comitê de Motricidade Orofacial de Campo Grande, que discutiu a Biossegurança em Motricidade Orofacial.
Durante o trabalho fonoaudiológico pode ocorrer transmissão de infecções entre paciente e profissional; diante disso, a biossegurança tornou-se disciplina obrigatória nos cursos de especialização em Fonoaudiologia. O livro explica que em Motricidade Orofacial trabalha-se muito próximo ao paciente, mantendo contato direto com a cavidade oral, saliva, sangue, mucosa nasal e auditiva, locais que abrigam milhões de microorganismos. Devido a essa exposição e a utilização de diferente materiais no tratamento, pode haver um desequilíbrio entre o microorganismo patogênico, o hospedeiro e o ambiente, iniciando um processo infeccioso.
Perante o quadro, “Biossegurança e Fonoaudiologia” apresenta medidas preventivas no intuito de quebrar a cadeia de contágio. Além disso, os autores contam que a transmissão pode acontecer através de três modos: contato direto e indireto, pelo ar ou por um vetor. Os autores explicam cada caso e alertam sobre o fato de o portador de um agente patogênico possivelmente não apresentar sintomas. Por isso, a biossegurança torna-se essencial.
Infecção hospitalar também é assunto; lavar as mãos, uso de roupas protetoras, utensílios descartáveis, correto manuseio e armazenamento de alimentos são algumas das recomendações para se evitar a contaminação. A importância de órgãos de vigilância, com programas de fiscalização, juntamente com engenheiros e arquitetos para a construção de ambientes favoráveis, é exemplificada como caminho a um atendimento saudável.
O corpo humano possui mecanismos de defesa que tentam conter o desenvolvimento da infecção; porém, o livro narra inúmeros fatores que tornam essa ação debilitada. Além de caracterizar infecções bacterianas, fúngicas e virais, defende a vacinação como forma de imunização das doenças mais freqüentes.
Em Motricidade Orofacial usa-se diversos utensílios que, se não higienizados de forma correta, tornam-se focos de doenças. Com essa preocupação, “Biossegurança e Fonoaudiologia” diferencia os equipamentos que necessitam de descontaminação, esterilização e desinfecção, assim como apresenta o procedimento de higienização do ambiente, de ferramentas e do próprio corpo.
“Biossegurança e Fonoaudiologia” dismistifica certos comportamentos que comprometem medidas preventivas, dá um passo importante no terreno da biossegurança, instruindo o profissional fonoaudiológico, e ilumina as vias para um tratamento mais saudável entre o profissional e o paciente.
Sumário
Capítulo 1
Biossegurança em Motricidade Orofacial
Capítulo 2
Procedimentos Fonoaudiológicos e Ambiente de Trabalho: Aspectos Relacionados à Biossegurança
Capítulo 3
Riscos Biológicos no Trabalho em Fonoaudiologia: Considerações e Recomendações
Capítulo 4
Contribuições da Odontologia Quanto às Medidas de Biossegurança em Fonoaudiologia
Capítulo 5
Biossegurança em Motricidade Orofacial: O Terapeuta Ocupacional como Mediador da Saúde junto aos Fonoaudiólogos
Capítulo 6
Aspectos Sanitários da Estrutura Física dos Estabelecimentos de Saúde – EAS